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quinta-feira, 6 de março de 2014

Nunca se sabe... 5x12


P´ra inicio de conversa:  Em terras de humanos, cada louco com seus cafés.
O dia se apresentava como qualquer outro, sem muitas surpresas, a velha rotina de sempre, tudo na mesma . Tudo corria nos conformes, como combinado. Ao sair do trabalho, ela, se encontraria com o rapaz, e juntos caminhariam, até a igreja que ele congrega. Nada de mais, um encontro como muitos outros. A não ser pelas muitas borboletas. Quando elas (borboletas) estão a voar pela barriga, qualquer caminho é pretexto, toda igreja é um texto, subterfúgios de desejos. Nunca se sabe... Volto a repetir, em terras de humanos cada louco com seus cafés.
Antes de ir ao local em que o rapaz a estaria esperando. Ela, a mocinha de nossa história, passa em uma loja para comprar bala, e se assusta com o valor sugerido
-  Você pode parcelar como sua "amiga"? disse a vendedora.
-  Cinco reais, pode? ela respondeu.
-  R$ 5,00. Não precisa!!!  o valor é R$ 512,00.
 - Que absurdo! Quero o meu dinheiro de volta. Nunca vi uma bala custar isso tudo. Você esta é louca!!! Não vou pagar esse valor todo..
Nunca se sabe o preço a pagar, o caminho e suas escolhas, talvez sejam as borboletas a causa de tudo, quando não se tem um culpado serve.  
Falando em caminho, ele não era dos mais belos, para ser sincero um tanto esquisito (poças com monstros dentro, caminhões em cima de arvores).Uma forma de ver além. E com as palavras da mocinha: "uma rua feia, cheia de obstáculos... muito suja, as vezes parava e tentava limpar... e ele a me dizer, não se assuste!!!"
A mocinha curiosa como sempre, admirada, quem sabe, pensava...: "ainda bem que deixei minhas coisas com pai. Caminhar com todo aquele peso não seria muito bom!"; perguntava muitas coisas ao rapaz: porque disso, isso ou aquilo? Ele muito sereno, já acostumado com tudo aquilo que a mocinha via. P´ra dizer a verdade acho que ele não percebia o que a menina realmente via. Deve ser por isso que suas respostas a ela, eram como o sol para quem acabou de acordar de um sonho, geralmente "não se sabe muito" o q sonhou. Um sorriso como disfarce. "nunca se sabe"
Quando chegaram a igreja do rapaz, (sua casa, coração, ou apenas um local qualquer), pra não perder o jargão "nunca se sabe...". logo arrumaram o que fazer, sua "amiga" que até então permanecera calada durante o caminho, esta a lavar louça, Na casa havia muita gente, o que explica o monte de louça; e o mais interessante: um louco limpando um fogão que estava pra lá de sujo, sujíssimo. Só Deus sabe quanto tempo ele estava a limpar aquele fogão, talvez seja isso o motivo de sua psicose. "nunca se sabe o preço a pagar" o caminho e suas escolhas. Não entendi, o porque, o monte de gente, não ajudavam a lavar a louça.
A mocinha de nossa história, pra não perder o rebolado, e não ficar pra traz, logo arruma o que fazer, diz a "amiga":
- Deixa, que a metade da louça eu lavo!

Como havia dito: "Em terras de humanos, cada louco com seus cafés"


"As vezes muitos exemplos, outras somos exemplos, o certo é que não se sabe o preço a se pagar. Mesmo que um valor alto, negocia - se, e um montão de louça, lava se apenas metade... o que seria a vida sem os "amigos" e seus exemplos para nos ensinar. Isto é saber olhar além"

(Por  - Dhioun, Marcos)